“ Os anjos salvadores, vestidos de branco, voaram da Ásia e do Caribe, para todo o mundo”
Conteúdo
“Penso que cegámos, penso que estamos cegos. Cegos que vêm, Cegos que, vendo, não vêm.” (Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago)
A natureza e a origem do COVID-19
A comunidade científica internacional
assume uma posição consensual sobre a natureza dos novos vírus epidémicos: eles têm origem na vida animal selvagem,
infetam os animais e depois, estes novos hospedeiros, passam-nos aos seres
humanos. O seu aparecimento, em todo o mundo, em número crescente e com maior
frequência, constitui um dos resultados
mais trágicos da crise ambiental e da quebra do equilíbrio dinâmico dos
ecossistemas naturais, sobretudo através da perda da biodiversidade, defendem
cientistas da China e de outros países.
A crise ambiental, com a crescente perda da
biodiversidade, que protegia as comunidades humanas da chegada desse vírus,
está na sua origem. Este corona é um bat, hospedado nos morcegos e um SAR, que
infeta o sistema respiratório de outros animais e dos seres humanos, mas, no
passado, este vírus extinguiam-se na rede densa das cadeias alimentares e de
hospedeiros, que sofriam as suas infeções mortais, mas o extinguiam com a sua
própria morte. Hoje, reduzidas essas cadeias, por gigantescas perdas da
biodiversidade selvagem, vivem e multiplicam as suas estirpes muito próximo dos
animais com que as comunidades humanas convivem.
Podem emergir em qualquer país, sem aviso prévio e
proliferam quando encontram condições favoráveis: tal sucedeu mais recentemente
em África, com o Ébola (1976), no México e nos EUA em 2009, com o H1N1, em 2012 na
Arábia Saudita e depois nos países do Médio Oriente, agora na China, na
pior altura possível, o período que antecede as celebrações do novo ano lunar,
chinês, que movimentam pelo país e no estrangeiro, mil milhões de cidadãos.
A perda da biodiversidade global, acompanhada pela
aproximação dos vírus à comunidade humana, desde sempre e sobretudo na nossa
época, vem provocando surtos de infeção por novos vírus. Foi assim que o VIH -
vírus da imunodeficiência humana, causador da sida. Foi detetado em 1981 nos
EUA, tornando-se então a principal causa de morte de cidadãos americanos
adultos entre os 25 aos 44 anos, que já
matou 32 milhões de pessoas em todos os países. (Deveríamos chamar-lhe, SIDA
dos EUA, como propõe o discurso político de Tump e Bolsonaro?) Mas,
progressivamente, a partir de 1995, novos fármacos foram evitando as mortes e
transformando a sida numa doença crónica.
Do combate entre a medicina e as infeções virais, e do
desaparecimento das cadeias da biodiversidade que protegiam o ser humano,
surgem formas de vírus mais agressivas que causam pandemias.
As pandemias esquecidas e desvalorizadas
O desenvolvimento da
Organização Mundial da Saúde (OMS), do seu trabalho de investigação,
prevenção e alerta, foi a resposta que essa mesma humanidade encontrou, para se
defender da nova ameaça, que permanecia
na memória coletiva desde a mal denominada Gripe Espanhola de 1918, 20 a 50
milhões de mortos no mundo (60 a 100 mil em Portugal).
O aparecimento de um vírus violento e de grande
morbidade, voltou a acontecer em 1968, com a Gripe de Hong Kong, na altura uma
colónia inglesa, onde teve origem o vírus Influenza A subtipo H3N2, uma das
gripes com origem nas aves, que causou mais de um milhão de mortes à escala
mundial ( Devemos pedir contas à Grã-Bretanha imperial, e para apurar as suas
responsabilidades, usar os nossos tribunais para levar ao banco dos réus sua
majestade a rainha e os seus governantes e reclamar uma indeminização,
acrescida de juros, como clamaram, já não apenas os Trump e Bolsonaros, mas o
governo australiano, ministros britânicos, e outros, como os porta vozes dos
executivos de Merkel e Makron?).
Mesmo fora do quadro das pandemias violentas, a OMS,
já estimava que as epidemias anuais de gripe comum costumam atingir de 5% a 15%
da população e provocam entre 250 mil e 500 mil mortes anuais, principalmente
entre idosos.
Na última grande pandemia - a chamada Gripe A, em 2009
e 2010, o vírus começou nas aves, transmitiu-se aos suínos, onde se misturou
com outro e fez nasceu um H1N1 com capacidade transmissão de pessoa para
pessoa. O seu epicentro, passou do México aos EUA e espalhou-se pelo mundo,
chegou a Portugal a 29 de abril de 2009 (primeiro caso diagnosticado) e viria a
atingir 200 mil portugueses - 124 morreram. Mas á escala do mundo, a perda de
vidas humanas atingiu as 600 mil pessoas.
Em 2003, foi a vez da China, com uma nova doença
respiratória denominada SARS, causada por um coronavírus parente do atual
SARS-CoV-2. E, agora, com o Coronvirus de 2019. (Ver a carta aberta da
cientista Maria de Sousa, na véspera do seu falecimento por COVID-19).
Apesar da dimensão trágica destas tragédias, a nossa
memória vivida não recorda nem grandes paragonas na comunicação social, nem
economias fechadas, nem confinamentos…então, porquê, agora tudo foi diferente
e, progressivamente, todos os países se virão confrontados com a dimensão real
da tragédia e a necessidade de alterar profundamente as rotinas sociais e
pessoais? Porque…
A China, assumiu perante o mundo, a responsabilidade de proteger a vida dos seus cidadãos e da humanidade, ao custo de gigantescas perdas económicas e do esforço nacional do seu povo, sob orientação do governo e da Organização Mundial de Saúde
Estes são os factos que é possível documentar e
provar, no meio de uma maré suja de notícias falsas e campanhas de contra
informação, que visam proteger as oligarquias que ainda governam a maior do
mundo e das nações, e possuem o poder de
virar a realidade às avessas.
O caso da Região Administrativa Especial de Macau,
pode considerar-se exemplar, como foi o de Wuhan: Para proteger a saúde e a
vida dos seus cidadãos, e bloquear a propagação do COVID 19, o Governo da
Região Administrativa Especial de Macau, como em toda a China, não hesitou em
reduzir a atividade económica, sabendo que tal decisão política significaria
uma tremenda perda de rendimentos para as empresas públicas e privadas, e para
a própria administração, mas salvaria milhares e milhares de vidas humanas.
No primeiro trimestre de 2020, o seu PIB caiu para
48,7%. A partir de janeiro, Macau começou por registar uma primeira vaga de 10
casos. Depois de 45 dias sem identificar novos contágios, o território detetou
a partir de 15 de março mais 35, todos eles importados. Todos os 45 casos
diagnosticados foram importados e as autoridades indicaram não ter existido
contágio na comunidade. Todos recuperaram!
Sigamos o desenrolar da crise do COVID-19
Não só a investigação do novo vírus não foi abafada,
como, desde dezembro de 2019 mobilizou todos os recursos da China, The Wuhan
Center for Disease Control and Prevention (CDC), the Chinese Academy of Medical
Sciences (CAMS), The National Health
Commission (NHC) em colaboração com os
Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA e a Organização
Mundial de Saúde (OMS/WHO),
Desde 3 de janeiro, a China tem vindo a informar
regularmente a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO), e os países e regiões suscetíveis de serem primeiro
afetados, Hong Kong, Macau, Taiwan,
sobre o surto de uma nova pneumonia, estabelecendo nessa data os primeiros
contactos com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA, o
seu parceiro estratégico em anteriores surtos epidémicos.
De tal modo, que no dia 7 de janeiro ele foi
identificado na China como um novo corona e no dia seguinte os CDC dos EUA
puderam receber e partilhar toda a
informação científica, que a 9 de janeiro foi plenamente comunicada à OMS e ,
na mesma data, divulgada em grande escala, não apenas entre a população de
Wuhan como de toda a China, pelas autoridades!
Ainda 9 de janeiro, a OMS/WHO publicou no seu site um comunicado sobre um conjunto
de casos de pneumonia em Wuhan, dizendo que a identificação preliminar de um
novo coronavírus num tão curto espaço de tempo constituía uma conquista
notável: “…preliminary identification of a novel coronavirus in a short
period of time is a notable achievement. data”.
O conhecimento destes factos e da sua cronologia é
crucial, sobretudo para compreender a evolução da pandemia e o surgimento da
cadeia de notícias falsas, que têm como base a difusão de uma história que
nunca aconteceu, mas que também se espalhou em Portugal, com responsabilidades
de personalidades públicas que exibem a sua autoridade de estudiosos e de
conhecedores diretos da China, sem contraditório e sem certificação das fontes.
Eis o que se escreveu e disse, como amostra:
“No final de dezembro passado, quando o médico Li
Wenliang e outros sete colegas dos hospitais da cidade se aperceberam de que um
vírus parecido com o que tinha causado a Síndrome Respiratória Aguda Grave em
2002- 2003 estava a alastrar rapidamente, recorreram às redes sociais para
avisar a população local. A reação das autoridades públicas foi rápida. Os
médicos foram censurados pela polícia local, acusados de fabricarem rumores e
forçados a assinar um documento em que se comprometiam a não cometer mais
nenhuma ação ilegal.”
Esta narrativa é falsa. Sublinhamos a data, para a
confrontar com os factos que atrás descrevemos.
O jornal citado como primeira fonte da notícia, o
“South China Morning Post”, é o porta voz, desde o regresso de Hong Kong à
pátria, do sistema de capitalismo selvagem, financeiro, económico e social, que o Reino Unido construiu naquela
colónia e a China aceitou preservar por mais 50 anos, ao abrigo do acordo de
transição pacífica então celebrado. Destacou-se, pelo apoio à violência na vaga
recente de protestos que destabilizaram HK e pelos pronunciamentos políticos
contra a política chinesa de “um país, dois sistemas” , de reunificação
pacífica com Taiwan e contra o proposta de uma Nova Rota da Seda para a
paz e a prosperidade comum da
Humanidade, que classifica como uma estratégia chinesa de conquista da
hegemonia mundial.
A citação das palavras finais do médico, de condenação
das autoridades chinesas, milagrosamente colhida por não se sabe quem,
e a notícia da sua morte, confirmada como vítima do COVID-19, soa a
profanação da memória, mas ilustra paradoxalmente o risco e a coragem da imensa
cadeia de investigadores e outros profissionais de saúde chineses, a maioria
voluntários, que se deslocaram em força para Wuhan e para a província de Hubei,
enfrentando no início um inimigo desconhecido mas mortal, para defender o seu
povo e a Humanidade, da proliferação do vírus.
Esta pandemia revela a verdadeira natureza política dos regimes que governam os países e o seu carater moral
António Guterres apelou, por diversas vezes, para a
declaração imediata de uma trégua entre os conflitos militares que assolam
o mundo e a suspensão das sanções e do
bloqueio económico que os EUA impõem a países como o Irão, a Venezuela, a
Síria, Cuba…sem que o governo deste país tenha mostrado qualquer recetividade
ao apelo humanitário.
Na reunião virtual dos países do G-20, sobre o
COVID-19, realizada a 26 de março, proclamou: "This war needs a war-time plan to
fight it”
“We are at
war with a virus – and not winning it.
It took the
world three months to reach 100,000 confirmed cases of infection.
The next
100,000 happened in just 12 days.
The third
took four days.
The fourth,
just one and a half.
This is
exponential growth and only the tip of the iceberg.
This war
needs a war-time plan to fight it.
Solidarity
is essential. Among the G-20 – and with the developing world, including
countries in conflict.
That is why
I appealed for a global ceasefire.
We need to
concentrate on people, keeping households afloat and businesses solvent, able
to protect jobs.
Allow me to
highlight three critical areas for concerted G-20 action.
First, to
suppress the transmission of COVID-19 as quickly as possible.
That must be
our common strategy.
It requires
a coordinated G-20 response mechanism guided by WHO.
All
countries must be able to combine systematic testing, tracing, quarantining and
treatment with restrictions on movement and contact – aiming to suppress
transmission of the virus.
And they
have to coordinate the exit strategy to keep it suppressed until a vaccine
becomes available.
At the same
time, we need massive support to increase the response capacity of developing
countries.
The United
Nations system has a well-established supply chain network, and we stand ready
to place it at your disposal.
Second, we
must work together to minimize the social and economic impact.
The G-20
came of age in the 2008 financial crisis.
The
challenges before us dwarf those of 2008.
And what we
face today is not a banking crisis; it is a human crisis.
While the
liquidity of the financial system must be assured, our emphasis must be on the
human dimension.
We need to
concentrate on people, keeping households afloat and businesses solvent, able
to protect jobs.
This will
require a global response reaching double-digit percentages of the global
economy.
I welcome
infusions of liquidity and social and economic support in developed countries —
with direct transfer of resources to people and businesses.
But a
stimulus package to help developing countries with the same objectives also
requires a massive investment.
For this, we
need greater resources for the International Monetary Fund and other
International Financial Institutions, a meaningful emission of Special Drawing
Rights, coordinated swaps between central banks and steps to alleviate debt,
such as a waiver of interest payments.
I also
appeal for the waving of sanctions that can undermine countries’ capacity to
respond to the pandemic.
Third, we
must work together now to set the stage for a recovery that builds a more
sustainable, inclusive and equitable economy, guided by our shared promise —
the 2030 Agenda for Sustainable Development.
Let us do
what it takes, urgently and together.”
E passando das palavras aos atos, as
Nações Unidas, sob a orientação do seu Secretário-Geral, António Guterres, e a OMS/WHO,. estiveram sempre à cabeça do
combate e da solidariedade internacional contra a pandemia.
A new
coronavirus disease (COVID-19) Solidarity Response Fund will raise money from a
wide range of donors to support the work of the World Health Organization (WHO)
and partners to help countries respond to the COVID-19 pandemic. The fund, the
first-of-its-kind, enables private individuals, corporations and institutions
anywhere in the world to come together to directly contribute to global
response efforts, and has been created by the United Nations Foundation and the
Swiss Philanthropy Foundation, together with WHO. (13 March 2020, WHO News release)
O porquê do ataque conjunto à China e à OMS, mas
também contra os CDC dos EUA, surge assim claramente: a OMS é a principal
testemunha de que as acusações contra a China são falsas e o governo dos
EUA, tal como outros líderes que seguem
a sua política, e que foram devidamente informados, desde o início, da
gravidade da situação, são politica e moralmente responsáveis por não terem
tomado as medidas por ela recomendadas para proteger os seus povos; e mais,
fizeram-no conscientemente, dando primazia aos negócios sobre a defesa da vida
dos seus concidadãos, como a consigna “O Brasil, não pode parar!”, tragicamente
representa. E referimo-nos a líderes que se manifestaram em países tão
diferentes como os EUA, o Brasil, o Reino Unido ou o Irão.
A possibilidade de o vírus ter surgido, em paralelo em
vários países, questão que a propaganda
anti chinesa enquadra na campanha de desinformação das autoridades chinesas,
está a ser colocada á escala global e ao nível da própria OMS, e é crucial,
pois para combater a atual e futura vaga pandémica, tem que se conhecer o animal que foi primeiro infetado e a passou
para os humanos, questão ainda em aberto, mesmo para os investigadores
chineses. Os porta vozes do governo chinês nunca fizeram essa acusação aos EUA,
mas, também não censuraram os artigos de opinião que colocam esta e outras possibilidades.
Associada à insídia, amplamente difundida e repetida
cegamente, de que a China sonegou informação, está a notícia falsa da criação
do vírus num laboratório de Wuhan, o qual, afinal se dedica à investigação de
outras pandemias de que a China nunca padeceu, mas que ameaçam o mundo, como é
o Ébola, que vitima sobretudo os povos de África e, por isso mesmo, se insere
no âmbito de cooperação Sul-Sul, com 52 dos 53 países africanos que aderiram ao
projeto da Rota da Seda, na cimeira de 2018 China-África.
Foram então citadas revistas científicas indianas e
americanas, que existiam, mas não têm nenhum reconhecimento pela comunidade
científica e, mais recentemente, posta a circular a acusação de que o vírus foi
espalhado para criar dependência da China e proporcionar a este país ganhos suplementares
no negócio exportador. Veremos adiante, o caso português, á luz desta acusação
e o que representam as exportações para a economia chinesa.
A posição política e ética da China, de solidariedade
e ação comum de todos os países contra a nova pandemia, está assim, estranhamente ou não, sob ataque
e suspeita de estratégia de conquista.
Os presidentes dos EUA e do Brasil, introduziram a
ideia racista e anticientífica, de um “vírus chinês” e, simultaneamente,
puseram em causa a autoridade da OMS e das suas próprias instituições de saúde.
Mas ainda hoje é possível rever os discursos
televisivos do presidente dos EUA, de 3 e 13 de fevereiro, onde afirmava ter
falado telefonicamente com o presidente da China, XI Jinping e analisado a
questão da pandemia, elogiando a China pelo modo com a enfrentava e anunciando ao mundo o envio de
material sanitário americano para aquele país, como gesto de apoio e
solidariedade.
Tal como continuam acessíveis as intervenções públicas
dos governadores dos Estados americanos de Nova York e de New Jersey, que explicam
porque puderam tomar a liderança das medidas sanitárias contra a ameaça do
COVIS-19, ao serem informados, primeiro em janeiro e depois na sua reunião
nacional de 9 de fevereiro, pelos representantes dos CDC estadunienses, da
perigosidade do vírus e das medidas para o combater, partindo da informação e
da experiência transmitidas pelas autoridades chinesas.
Global and national public information and transparency
Como continua disponível, na documentação divulgada
pela OMS, O Relatório de 25 de fevereiro
de 2020 da Organização Mundial de Saúde_
OMS/WHO das Nações Unidas_UN, que os monopólios da informação e os seus
governos fingem desconhecer.
The Joint
Mission consisted of 25 national and international experts from China, Germany,
Japan, Korea, Nigeria, Russia, Singapore, the United States of America and the
World Health Organization (WHO). The
Joint Mission was headed by Dr Bruce Aylward of WHO and Dr Wannian Liang of the
People’s Republic of China.
The full
list of members and their affiliations is available in Annex A. The Joint Mission was implemented over a
9-day period from 16-24 February 2020.
The major objectives of the Joint Mission were
as follows: • To enhance understanding of the evolving COVID-19 outbreak in
China and the nature and impact of ongoing containment measures; • To share
knowledge on COVID-19 response and preparedness measures being implemented in
countries affected by or at risk of importations of COVID-19; • To generate
recommendations for adjusting COVID-19 containment and response measures in
China and internationally; and • To establish priorities for a collaborative
programme of work, research and development to address critical gaps in
knowledge and response and readiness tools and activities.
Aqueles especialistas, não eram funcionários
dependentes da direção da OMS, mas uma elite de cientistas, próximos dos
governos respetivos, que foram à China e puderam, nos locais onde a pandemia se
desenvolvia, confrontar a realidade e os responsáveis chineses, a todos os níveis.
O seu relatório final, é público e universal, desde 25
de fevereiro de 2020.
Ao contrário das Nações Unidas, e da sua organização para a saúde_ a OMS/WHO,
o FMI revelou-se como uma instituição sem independência política, submetida às
ordem do atual governo dos EUA.
No dia 16 de
março de 2020, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina
Georgieva, escreveu um post no blog da instituição: “O FMI está pronto para
mobilizar a sua capacidade de financiamento de US$ 1 trilião para ajudar os
nossos membros”. Países com “necessidades urgentes de pagamento” poderiam ser
ajudados pelo “kit emergencial de distribuição de fundos”. Através desses
mecanismos, o FMI disse que poderia providenciar US$ 50 mil milhões para países
emergentes e US$ 10 mil milhões para países de baixo rendimento com uma taxa de
juros de 0%.
Um dia antes do pronunciamento público de Gerogieva, o
Ministério de Relações Exteriores da Venezuela enviara uma carta ao FMI,
pedindo, uma linha de crédito de US$ 5 mil milhões do Instrumento de Ação
Rápida do seu fundo de emerg~encia, para enfrentar a pandemia.
No dia 15 de março, quando o governo venezuelano
enviou a carta ao FMI, o presidente Maduro encontrou-se com altos
representantes do FMI em Caracas. O órgão farmacêutico da Venezuela (CIFAR) e
empresas de equipamentos médicos disseram que seriam capazes de aumentar a
produção de máquinas e medicamentos para combater a crise, mas que, para isso,
precisariam importar matérias-primas. Foi para pagar por essas importações que
o governo venezuelano pediu dinheiro ao FMI.
O empréstimo foi recusado, sem explicações.
A China publica o livro branco sobre combate à COVID-19 e nele se revela que os CDC dos EUA foram informados em 4 de janeiro e a OMS recebeu um relatório completo no dia seguinte
“January 4: The head of China
CDC held a telephone conversation with the director of the US CDC, briefing him
about the new pneumonia. The two sides agreed to keep in close contact on
information sharing and cooperation on technical matters.
January 5: The WCHC updated
information on its website, reporting a total of 59 cases of the viral
pneumonia of unknown cause. Laboratory tests ruled out respiratory pathogens as
the cause, such as influenza, avian influenza, adenovirus, the Severe Acute
Respiratory Syndrome coronavirus, and the Middle East Respiratory Syndrome
coronavirus.
China sent a situation update
to the WHO. The WHO released its first briefing on cases of pneumonia of
unknown cause in Wuhan.
January 6: The NHC gave a briefing
on cases of pneumonia of unknown cause in Wuhan at a national health
conference, calling for greater efforts to monitor, analyze and study them, and
prepare for a timely response.”
Intensifica-se a guerra económica e aumenta o perigo dos confrontos militares, com a estratégia eleitoral do presidente Trump
O Jornal Washington Post, que apoiara a ascensão
política de Trump, noticiava:
"More than a dozen U.S. researchers,
physicians and public health experts, many of them from the Centers for Disease
Control and Prevention, were working full time at the Geneva headquarters of
the World Health Organization as the novel coronavirus emerged late last year
and transmitted real-time information about its discovery and spread in China
to the Trump administration, according to U.S. and international
officials." (W.P.
19.04.2020)
Em 29 de março, escrevíamos nós sob a situação da
pandemia face á política do seu governo federal e dos seus governadores:
“O Governo dos EUA, não sabe o que fazer! Mas há um
caminho que está a ser construído com sofrimento e solidariedade
A atitude dos leaders políticos dos EUA face à
pandemia, deve preocupar mesmo os seus adversários políticos. Não só aqueles,
que como nós, têm nesse país uma grande comunidade de origem portuguesa, mas a
própria comunidade mundial, porque este grande e poderoso país parece caminhar
para uma hecatombe sem precedentes.
Não há uma estratégia nacional, elaborada pelo governo
federal, de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde, os Centers
for Disease Control and Prevention (CDC) que representam a maior autoridade
científica da administração americana nesta matéria e a experiência
internacional, sobretudo da China.
O governo de Trump negou o perigo da pandemia, fechou
o país aos chineses, prometeu remédios milagrosos e uma nova vacina made in
USA, enquanto se recusava a subordinar os negócios ao imperativo moral da saúde
pública; entrou em conflito com o governador de Nova York, o epicentro da
pandemia no país, que temia uma catástrofe por falta de recursos médicos e,
face ao crescimento trágico da doença ao longo do país, levou então ao
Congresso o maior pacote de ajuda financeira da história americana; ameaçou a
General Motors com a lei de requisição elaborada para a Guerra da Coreia, para
que intensificasse a produção dos ventiladores que escasseiam em toda a
América, mobilizou os navios hospitais e, hoje, admitiu a imposição de uma
quarentena, ou melhor, o isolamento “for a short time” da capital financeira
dos EUA e do capitalismo. Ele, que há dias, queria reabrir todos os espaços
públicos na Páscoa!
É uma tarefa colossal! Mas o governador de Nova York,
membro do partido democrata e pré-candidato ás presidenciais, tomou então para
si o princípio que guia a política de Trump: Que não, nunca se poderia bloquear
a atividade da maior praça financeira mundial, isso seria anti americano,
ilegal, anticonstitucional, e uma declaração de guerra!
Ele já providenciara o caminho americano: “Nova York,
não é Wuhan, afirmou!” O fabuloso financiamento irá multiplicar os testes, os
hospitais, as camas, os ventiladores, até que a seleção natural ( o dinheiro
protege os poderosos!?) conduza ao declínio da curva epidémica…lá fora, na
América, 3 milhões e meio de trabalhadores já solicitaram subsídio de
desemprego ( que cresceria depois, até aos 40 milhões de trabalhadores), mas o
metro da cidade continua cheio como sardinha enlatada, o mundo da finança
precisa de criados e serventes e dos serviços da classe média!
O governador da Flórida repetia o mote: o negócio do
turismo deve continuar, as praias não fecharão em massa, serão mais seletivas,
grupos de dez veraneantes poderão continuar a disfrutá-las!
O candidato presidencial democrata Jo Biden, que
atualmente lidera as eleições primárias do partido, a pequena distância de
Bernie Sanders, passou então à ação: a sua direção de campanha lançou uma vaga
de publicidade nas televisões nacionais, onde um spot publicitário elogia a ação
dos presidentes antecessores, republicanos e democratas, perante as crises
sanitárias e acusa Trump de falhar!
E a alternativa, Sr. Jo Biden?
Nestes tempos de tormenta e de guerra, regresso sempre
ao meu mestre chinês (Sun Tsu):
“Quando o general é fraco e sem autoridade, quando as
suas ordens não são claras e coesas, quando não existem regras fixas para os
seus oficiais e quando as fileiras de homens são formadas de forma casual e
desleixada, a consequência é a total desorganização.”
“Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem
batalhas sem perder; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece-se a si
mesmo, as chances para a vitória ou derrota serão iguais; aquele que não
conhece nem o inimigo, nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.”
Mas a que preço? :
Nessa data: 104.860 casos confirmados, mais de 52.000
em Nova York, 771 mortos, dos quais 450 em Nova York. Depois: In United States of America, from Jan 20 to 10:41am CEST, 5 June 2020, there have been 1,837,803 confirmed cases of COVID-19 with 106,876 deaths... Total Cases 3,819,139 57,777 Total Deaths 140,630 473 (22.07.2020)
Começa a ser penoso, escrever mais sobre a tragédia nos EUA..
Mas sabemos que há um caminho para superar a crise,
num futuro comum para toda a Humanidade!”
Atualmente, quando as agências de segurança nacional
desmentem o presidente dos EUA “… U.S. intelligence agencies are debunking a conspiracy
theory, saying they have concluded that the new coronavirus was "not
manmade or genetically modified."
The statement from the Office of the Director of National Intelligence,
the clearinghouse for the web of U.S. spy agencies, comes as President Donald
Trump and his allies have touted the theory that an infectious-disease lab in
Wuhan (01.05.2020)…que credibilidade
lhe resta ainda, para continuar a (des)governar a sua grande nação e que poderá
fazer a oligarquia que Trump representa, para não perder o poder nas eleições
presidenciais?
Jogar a carta da reabertura da economia, mesmo com o
risco de uma nova vaga de infetados e, capazes de tudo, o desencadear de uma
nova guerra económica ou mesmo um conflito armado:
Contra a China, aparentemente, mas também contra a
União Europeia de facto, pois tem nela o seu maior mercado.
No Norte da Síria, rica em petróleo e gás, onde as
suas tropas foram recentemente reforçadas? Na Venezuela, flagelada por novos
atos de ingerência, bloqueio e ameaças? No próprio mar do Sul da China, en
torno das disputas de soberania sobre os pequenos arquipélagos e ilhas e do pôr
em causa a integridade da nação chinesa, apoiando os separatistas de Taiwan e
os fundamentalistas religiosos de Xinjiang?
Em tempos tão incertos e perigosos, a coragem e o
governo para o povo, dos líderes políticos, depende mais que nunca da lucidez
dos cidadãos.
A conduta política da União Europeia: como se fora um estado-falhado, dirigido por burocratas sem coração
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, manifestou…"a heartfelt
apology" to Italy on behalf of Europe for not being at the country's side
from the very beginning of the COVID-19 pandemic.
"It is
true that no one was really ready for this. It is also true that too many were
not there on time when Italy needed a helping hand at the very beginning,"
she said in a speech to the European Parliament ( 14.04.2020).
"And yes, for that, it is right that Europe as a whole offers a heartfelt
apology.”
Enfatizando, logo a seguir, algumas medidas pontuais
de cooperação em pessoal médico, equipamentos e acolhimento de pacientes, que
não ultrapassaram a dimensão simbólica.
Na verdade, e durante o mês de março, foi a
solidariedade ativa da China (equipas e material médico essencial) e da Rússia,
que ajudou a conter a pandemia e no final deste mês chegaram 52 médicos e
enfermeiros cubanos para ajudar a martirizada Itália e até uma equipa médica da
Albãnia.. Cuba, sujeita recentemente a novas medidas de bloqueio pelos EUA,
enviou igualmente equipas de saúde e equipamento para 26 países do continente
americano, da Europa, da África e da Ásia.
Porque não existiu a ajuda da Alemanha, que tinha
então a epidemia sobre controle e num nível baixo de mortalidade, da Holanda,
da Finlândia e da Áustria, países que se opuserem na recente cimeira de chefes
de governo da UE a adotar uma estratégia financeira comum para combater a crise
sanitária e as suas consequências sociais e políticas!?
Onde estavam os seus líderes políticos, que davam
lições ao mundo sobre Direitos Humanos, democracia e progresso e os líderes da
União Europeia que tudo sabiam, tudo dominavam e tudo resolviam, com as suas
infalíveis receitas e inquestionável autoridade?
No momento crítico
em que a pandemia devastava a Itália, a Espanha e a França (29.03), sem
nenhuma iniciativa concreta da liderança da União Europeia e dos seus
comissários, para ajudar os países mais atingidos a conter a sua propagação,
Josep Borrell, alto representante da União para a Política Externa achou
oportuno alertar contra… a "política de generosidade" da China, que
identificou como uma "luta por influência" e uma "batalha global
pelo domínio da narrativa"!?
O objetivo dos detratores desta ajuda, que é
protagonizada pelo governo, mas também pela iniciativa de empresas privadas da
República Popular da China _RPCh, visa, obviamente, desviar as atenções da
falta de solidariedade dos regimes, governos e instituições que mais se
reclamam da defesa dos Direitos Humanos, da liberdade e dos Direitos
Democráticos e que falharam neste grave e trágico confronto com o COVID-19.
A declaração do FMI e do Banco Mundial sobre o perdão da dívida dos países pobres não pode cair em saco roto e a Carta dos 9 primeiros-ministros ao Conselho da Europa, também não.
“A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a
vitória. A tática sem estratégia é o estertor antes da derrota.” (Sun Tsu, A
Arte da Guerra)
A carta dos 9, já meio esquecida, preconizava uma estratégia comum no combate à
pandemia e pela saúde na Europa e a criação de um fundo comum de financiamento,
contra a lógica dos mercados especuladores que a Troika e os seus partidários
canonizaram, para desgraça das políticas socias da Europa e dos seus Serviços
Nacionais de Saúde.
Foi assinada por LSophie Wilmès, primeira ministra de
Bélgica; Emmanuel Macron, presidente da República Francesa; Kyriakos
Mitsotakis, primeiro ministro de Grecia; Leo Varadkar, primeiro ministro de
Irlanda; Giuseppe Conte, primeiro ministro de Italia; Xavier Bettel, primeiro
ministro de Luxemburgo; António Costa, primeiro ministro de Portugal; Janez
Janša, primeiro ministro de Eslovenia, y Pedro Sánchez, presidente do Governo
de España.
Mas na reunião do Conselho como no Eurogrupo a divisão
tornou-se clara. Países como a Holanda (que pratica o dumping fiscal e recebe
os impostos das 20 maiores empresas portuguesas, que para lá transferiram as
suas sedes fiscais), a Áustria e a Finlândia opõem-se a qualquer tipo de
mecanismo comum para evitar uma crise económica e social. A Alemanha está mais
próxima deste grupo de países, mas dividida: economistas tão diferentes como
Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do
IFO, o liberal Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política
Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros, exigiram "que os países da
zona euro emitissem obrigações conjuntas no valor de mil biliões de euros
(cerca de 8% do produto interno bruto da zona euro), limitadas a esta
crise".
Em Portugal, expressando a necessidade política de uma
frente única, partidos e Presidência da República, as associações empresariais
e sindicais, o Banco de Portugal, unem-se em torno deste caminho. A
Frente Única é um acordo político, em torno de um programa político mínimo,
para atingir um objetivo estratégico comum
Mas, em Portugal, os juros da dívida soberana,
impostos pela Troika e outros obscuros financiadores que permanecem na sombra,
com o argumento de que acabara o tempo do dinheiro barato, em Portugal ainda
representam 7.000.000 milhões de euros/ano, tal como os juros pagos pelos
bancos nacionais aos grandes bancos e fundos financeiros internacionais, das
empresas aos bancos e das famílias aos bancos, têm de ser renegociados, sem o
que nem os países, nem as empresas e os bancos nacionais, nem as famílias,
poderão recuperar a economia. Para este combate as nações pobres e dependentes
e todos os povos, têm de estar Unidos como os Dedos da Mão.
O mecanismo de "cooperação reforçada"
permite a mais de nove países iniciar uma política comum, mesmo que outros
Estados se lhe oponham. Rapidamente, passaram a treze. Algumas políticas comuns
importantes - como o acordo de Schengen - começaram assim. É isso que defende,
por exemplo Carsten Brzeski, do ING alemão.
Em finais de abril, a União Europeia aprovou a criação
de Fundo de Recuperação Económica, que será financiado com emissão de dívida
por parte da Comissão Europeia, com valores e regras ainda a aprovar pelos 27
países membros, associando subvenções e empréstimos aos estados-membros. Em
oposição a esta medida, mantiveram-se a Holanda, a Áustria e a Finlândia, a que
se juntaram os governos “socialistas” (?), da Dinamarca e Suécia.
O Conselho Europeu aprovou ainda três instrumentos,
decididos pelo Eurogrupo, tendo em vista criar três linhas de crédito para
financiar empresas através do Banco Europeu de Investimento (BEI), para apoiar
os Estados no conjunto de medidas adotadas em apoio da manutenção de postos de
trabalho e a proteção de rendimentos, designadamente o “lay-off”, e uma
terceira linha que assegura a todos os Estados
os recursos financeiros para a prevenção e combate do Covid-19.
Mas a proposta para criar um mecanismo comum de
proteção da saúde das nações europeias, parece ter caído no esquecimento.
Existe pois uma estratégia que pode vencer o bloqueio,
a da cooperação reforçada: mas e se a Alemanha ou um novo bloco de
privilegiados continuar a opor-se?
Do fundo dos séculos, responde-nos Sun Tzu: “Há
estradas que não devem ser seguidas, exércitos que não devem ser atacados,
cidades que não devem ser sitiadas, posições que não devem ser contestadas e comandos
do soberano que não devem ser obedecidos.”(Sublinhado meu)
Uma frente comum de solidariedade mundial e o papel da RPChina
A China, no período mais crítico da pandemia, enviou especialistas e material médico de
primeira linha para 89 países (este
número já ultrapassa os 200)_ da Itália, à Coreia do Sul e ao Irão, 28 país
asiáticos, 16 países europeus, 26 países africanos, 9 países do continente
americano, e 10 países do Pacífico Sul. através da China International
Development Cooperation Agency (CIDCA).
Aos ataques continuados do governo americano, respondeu
com o envio de mais de mil ventiladores para o governador do Estado de Nova
York, e outro material médico, no momento em que se esgotavam as reservas
daquele equipamento, através da CIDCA e do apoios do grupo Alibaba e outras
companhias americanas e chinesas que promovem o comércio entre os dois países.
Desdobrou essa ajuda por vários estados, enquanto insistia, nas declarações
oficiais, que a cooperação dos EUA com a
China era indispensável para enfrentar a pandemia: “US should not let its
differences with China hijack people's health!” E, finalmente, o governo
dos EUA, chamou para o seu lado os CDC americanos, parceiros das autoridades
chinesas, desde há dezenas de anos e agora, nesta crise, desde os primeiros
dias!
O New York Times noticiava que
“A commercial aircraft carrying 80 tons of gloves, masks, gowns and other
medical supplies from Shanghai touched down in New York on Sunday, the first of
22 scheduled flights that White House officials say will funnel much-needed
goods to the United States by early April as it battles the world’s largest
coronavirus outbreak.” (NYT 29.03.2020)
Os anjos salvadores, vestidos de branco, voaram da Ásia e do Caribe, para todo o mundo
Em
paralelo com a China, Cuba enviou as suas equipas médicas para 26 países, de
quatro continentes, sem distinção de regime político ou objetivo de lucro. Os médicos
cubanos, voluntários nestas e nas mais de duas dezenas de missões contra a
pandemia do COVID-representam, com os enfermeiros e outros especialistas, mais
de 1.200 profissionais de saúde em missões de solidariedade.
A
embaixada dos EUA em Havana acusou o
governo cubano de “reter a maior parte do salário de médicos e enfermeiros em
missões de ajuda internacional, expondo-os a terríveis condições de trabalho”.
Cuba
possui, hoje, mais de duas dezenas de brigadas “Henry Reeve” no mundo, entre
elas uma na China e Qatar (Ásia), duas na Itália e também no Principado de
Andorra (Europa) e, também, uma na Jamaica, Barbados, Venezuela, Nicarágua,
Antiqua e Barbuda, Belize, Granada, Dominicana, Haiti, São Vicente e
Granadinas, Santa Lúcia, San Cristóbal y Nieves, Suriname e México (América) e
Angola, Cabo Verde e Togo (África).
Face
à pandemia do COVID 19, das mais de duas dezenas de missões enviadas por Cuba,
22 foram-no sem contrapartidas financeiras.
Enquanto
estas missões estão a ser fornecidas gratuitamente, outros países pagam a
Havana Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, mais de 600.000
médicos, enfermeiros e técnicos médicos foram enviados para mais de 160 países
desde a década de 1960. Atualmente, o programa está ativo em cerca de 60 países.
Isso
gera cerca de US $ 6,3 mil milhões (Euros $ 4,8 mil milhões) por ano, ajudando
a mitigar o impacto do bloqueio econômico de seis décadas dos EUA.
Construído
pela China na Internet e de livre acesso, o Banco de Dados de Recursos do Novo
Coronavírus 2019 registou já mais de 4 milhões de downloads em 152 países e
regiões. Ele contém toda a informação científica resultante da investigação, da
sistematização e problemática dos cuidados médicos, das estratégias de controle
da pandemia, adquiridos desde a descodificação do genoma, nos princípios de
janeiro. Empresas privadas e públicas do mundo inteiro, autoridades e centros
de investigação, puderam assim, desde o início da pandemia, avançar para a
descoberta e experimentação da vacina, dos medicamentos e a produção dos
equipamentos e materiais adequados ao combate do COVID-19. Sem qualquer contrapartida,
económica ou política.
Wang Yi, ministro chinês dos Negócios Estrangeiros,
afirmou que a tradição de apoio mútuo entre Portugal-China é fulcral para um
momento como este e afirma que “não podemos esquecer o apoio que Portugal deu à
China quando lutávamos contra esta epidemia. Num momento como este, estamos com
profunda solidariedade pelas vítimas e infectados pelo novo coronavírus em
Portugal e tudo faremos para que o país possa ultrapassar este obstáculo”.
A ajuda chinesa chegou no momento crítico, a Portugal
A EDP e a China Three Gorges (CTG) entregaram na
embaixada portuguesa em Pequim 50 ventiladores, 200 monitores médicos e outros
equipamentos. A CTG foi a primeira empresa a oferecer ajuda às autoridades
portugues
O grupo Fosun, o maior investidor chinês em Portugal,
enviou diretamente da China equipamentos para o combate da pandemia em
Portugal, onde se incluem 1 milhão de máscaras para uso pelos profissionais de
saúde, entregues ao Serviço Nacional de
Saúde (SNS), que os adquiriu, bem como 200 mil testes desenvolvidos pelo
departamento médico da Fosun, a Fosun Pharma. A esta ajuda, o grupo acrescentou
cerca 70 mil máscaras, 7 mil fatos de proteção e 20 mil testes oferecidos ao
nosso país, com o apoio da Luz Saúde, do Millennium bcp e da Fidelidade
A Fundação Alibaba e a Fundação Jack Ma, ambas criadas
pelo multimilionário chinês, doaram máscaras, testes e roupas de proteção a
Portugal.
Uma investidora chinesa fez uma doação de 78
ventiladores, entregues na embaixada de Portugal em Pequim, para os hospitais
da área metropolitana de Lisboa.
O material médico oferecido pelo Governo Chinês a
Portugal, incluiu 144 ventiladores, um milhão de máscaras, 22 mil fatos de
proteção individual, 100 mil pares de luvas e óculos de proteção e ainda 10 mil
toucas cirúrgicas, correspondendo a 4.5 milhões de euros em material médico.
A empresária Ming Hsu, detentora da imobiliária
chinesa Reformosa, ofereceu 4,6 milhões de euros em equipamento médico a
Portugal para o combate à pandemia do Covid-19. Para além dos 80 ventiladores
vindos da Austrália, fazem parte do donativo cerca de 22 mil fatos de proteção,
100 mil pares de luvas, 100 mil óculos de proteção e 10 mil toucas cirúrgicas.
Para além desta ajuda, a empresária organizou um consórcio de empresas luso-chinesas,
para angariar donativos, angariando mais de 200 mil euros.
O Governo
adquiriu à China 500 ventiladores e 200.000 testes, por 9,5 milhões de
euros. É significativo, que o valor das ofertas ultrapasse claramente o das
compras e que a China tenha tomado medidas severas para evitar práticas
empresariais especulativas!
O apoio direto, entre parceiros chineses e portugueso,
em todo o tipo de atividades, multiplicou-se ao longo do país:
No Porto, a Fosun, em parceria com o Haitong Bank e o
Haitong Securities, fez uma doação ao município de 53 mil máscaras cirúrgicas,
5 mil testes e ainda de 200 óculos de proteção e 200 fatos de proteção.
A autarquia de Lanxi e a Associação de Solidariedade
de Lanxi, entregou 150 mil máscaras, destinadas
a cinco autarquias, Alenquer, Maia, Condeixa, Vila do Conde e Vila da
Feira.
O município de Vila do Conde recebeu uma doação, de
5000 máscaras, da Associação de Mulheres Chinesas e outra de 1.000. Esta
entidade, apoiou igualmente a autarquia de Braga, com material em distribuição
pelas IPSS…etc…
A comunidade chinesa em Portugal, recolheu outros
fundos para apoiar Wuhan e o nosso país, que escolheram como segunda pátria e
os seus membros entraram em quarentena voluntária para defender os seus
concidadãos portugueses. Nem uma só cadeia infeciosa teve origem na China!
“Sem a China, o mundo já estaria em recessão!” (FMI)
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a
economia chinesa representa 17,3% do PIB mundial (medido com base na paridade
de poder de compra _PPP, o indicador que permite medir a distribuição social da
riqueza). Em termos deste indicador, a China ultrapassou os EUA, que liderava a
lista mundial desde 1872.
Um aumento de 6,7% do PIB real da China traduz-se
assim em cerca de 1,2 pontos percentuais de crescimento mundial. Sem a China,
essa contribuição teria de ser subtraída da estimativa de 3,1% do FMI para o
crescimento do PIB mundial já em 2016, arrastando-o para 1,9%-muito abaixo do
limiar de 2,5% normalmente associado às recessões globais.
Ao contrário da ideia generalizada de que a China
prospera graças à conquista dos mercados mundiais para as suas exportações, o
PIB da China apenas dependia, no ano 2018, em 18,26% da exportação, ao
contrário, o PIB dos principais países da União Europeia depende em grande
medida das exportações e o da Alemanha, o seu motor económico, em amis de 42%,
sendo a China o seu principal mercado comprador. Embora a China seja a maior
exportadora mundial, a sua estratégia económica assenta no desenvolvimento do imenso mercado interno, pelo que, se medirmos
a evolução das exportações em 10 anos, verificamos que elas representavam
31,12% em 2008 e foram caindo sempre,
todos os anos, até os referidos 18,26% em 2018.
Esta tendência é muitas vezes escamoteada, porque não
casa com a propaganda anti China que a apresenta como açambarcadora de
mercados, visando a hegemonia mundial.
A China estabeleceu como objetivo da sua economia
política, erradicar a pobreza em 2010 e consegui-o, retirando dessa condição
800 milhões de chineses e colocou como uma nova meta fazer crescer a sua classe
média até mil milhões de cidadãos até 2050, e já ultrapassou metade desse
objetivo. Pela escolha deste caminho,
cresce o seu mercado interno!
Tão pouco a diminuição recente da taxa de crescimento do PIB se deve a uma
menor pujança da sua economia, antes sim a uma mudança de paradigma de
desenvolvimento sustentável, no que concerne à “economia socialista de
mercado”, teorizada pelo próprio presidente XI Jinping:
A economia chinesa entrou num novo paradigma_ substituiu a alta velocidade do crescimento por uma velocidade médio-alta... deslocando o eixo do investimento em factores de produção para a alavanca da inovação
Na via do socialismo ecológico e da eco civilização
(sic)!
Tal significa, para as economia ocidentais, que
apostar contra a China, no quadro recessivo que se avizinha e se anunciava já
na União Europeia- UE e na Alemanha, antes do gatilho do Corona vírus, é
conduzir a economia mundial para uma crise económica e social sem precedentes históricos.
Tal como num passado recente, a crise financeira de
2008-2009, que teve o seu epicentro nos EUA
e depois tombou sobre a Europa, a
recuperação económica da China pós Covid-19, ajudará a UE e o mundo a construir
um novo futuro comum.
É por esse caminho, de fortalecimento da
cooperação global, diversificação das
nossas exportações ( o turismo ambiental gera rendimentos que equivalem à
exportação) e com o desenvolvimento do nosso mercado interno, cujos principais
instrumentos são o emprego e a diminuição da pobreza, que a CCDPCh pretende
continuar o seu caminho de sempre.
Anexos:
Toda a informação científica sobre o COVID 19 e as
últimas descobertas da medicina. E o Livro branco
(links)
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