“Admiráveis anacronismos”


ou o contributo de Eduardo Lourenço para preservar o pensamento crítico e defender a heterodoxia do pensamento_ a diversidade/identidade das culturas nacionais, no tronco comum da cultura humana.

Devo a Eduardo Lourenço uma das ideias mestra (como a trave mestra) que guiou a minha dissertação de mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente, sobre o tema A Contribuição dos Poetas e Prosadores Portugueses para a Génese da Moderna Consciência Ambientalista, no que concerne á identidade da cultura portuguesa nos séculos mais recentes: “ a ideia de “admirável anacronismo” e o exemplo de livre pensador, em tempos de dogmatismo, da sua heterodoxia. Uma ideia fecunda para a investigação que conduziria depois à tese de doutoramento, a qual permitiu entender como a nossa geração de 70, partindo da reflexão sobre  a crise geral do fim do século XIX, conduziu o pensar da nossa modernidade para a transformação da ideia de natureza no conceito integrador e premonitório de ambiente_ natureza mais cultura . Uma trave mestra do pensamento crítico, tão importante como a outra, que fui buscar a António José Saraiva, quando escreveu que a nossa verdadeira tradição cultural estava ainda por descobrir.

Dos textos do mestrado e do doutoramento, retiro estes extratos, porque a maior homenagem que podemos fazer aos escritores desaparecidos_ a morte não é absoluta, é continuar a lê-los e a divulgá-los

Do mestrado: A Nova Literatura e as suas Chaves de Interpretação

“Quando oiço «isto é um país de poetas», lembro-me logo de outra coisa que o país também é: de romancistas”.[1]

1.

Não constituindo objeto desta tese o estudo da cultura portuguesa e da sua história literária, é óbvio que não pode nem quer alhear-se das suas problemáticas.

Eduardo Lourenço terá apreendido, primeiro que qualquer outro pensador, o advento de um novo período cultural no nosso país, que abria caminho por entre o confronto dualista que colocava frente a frente os intelectuais afectos ao regime fascista, que invocavam os valores do cristianismo, versus  a oposição, largamente influenciada pelo marxismo e pela estética neo-realista, pese embora a importância cultural dos escritores dificilmente enquadráveis numa determinada tendência. Os paradigmas do que denomina a “Nova Literatura” situa-os entre A Sibila (1953), de Agustina Bessa Luís, e Rumor Branco (1963), de Almeida Faria.

E com visível optimismo saudou a sua original modernidade.

 “Nem desinteresse pelo lá-fora cultural e literário, nem idolatria.  …a novidade é que desta vez a ressonância é de pura superfície, a imitação quase só reduzida a certos aspectos formais nalguns…Bessa Luís, Cardoso Pires, ou Almeida Faria”.[2]

E definindo a sua especificidade literária: “admirável anacronismo,”alimentando-se“…da nossa realidade mais visível…”, incomum no contexto das literaturas contemporâneas“…cujo grande tema é a desmontagem e a contestação ao nível mais radical, o da linguagem mesmo_ do que a literatura foi ou quis ser”.[3]

Portugal e Espanha, esmagados pelas ditaduras, económica e socialmente retrógradas, respirando através da cultura os primeiros ares das novíssimas liberdades criativas. Aprendendo a servir-se das conquistas formais, estéticas e estruturais do modenismo e do pós-modernismo, mas continuando a escrever sobre a terrível e heróica aventura da condição humana, num tempo universal mas enraizado no drama da nação portuguesa.

E prossegue Eduardo Lourenço.

“A Nova Literatura é uma enorme parábola dessa ausência, mas como esta ausência pode efectivamente mascarar-se sob formas aceitáveis e até fascinantes, ela é a nossa verdadeira vida”.[4]

Passa em seguida à diferenciação da Nova Literatura, face ao movimento neorrealista, cujo proselitismo ético, das “soluções positivas“, questiona, e precisa o seu …”tema central (e obsessão

quase única do Ocidente na poesia e no romance) do amor, ou, mais genericamente, da relação erótica…”[5]

2.

Julgamos que a definição deste novo contexto cultural e a sua assumida contestação das ideologias devem ser prudentemente analisadas, porque se há substância capaz da mais sofisticada e camaleónica metamorfose, essa é a que constitui o corpo doutrinário das ideologias dominantes.

Mas o valor inquestionável da reflexão de Eduardo Lourenço e a matriz da sua notável lucidez está na forma como concebe e aplica o seu “policódigo interpretativo. "Reconheçamo-lo neste comentário paradoxal acerca da autora da Sibila .

“Pouco importa que uma leitura de sentido imediato ou o comportamento ideológico ostensivo de uma autora como Bessa- Luís assinalem a sua obra como inequivocamente reacionária. Até importa mais do que o que ela pensa. É caso para dizer que não é reacionário quem quer. A autora da Sibila pode por vezes reinviar-nos ao paraíso arcaico da «roca e do fuso», uma tal convicção, ingenuidade ou pensada e profunda provocação, são pouca coisa ao lado da descrição da desordem sentimental, da crueldade das «relações humanas», da visão demoníaca do dinheiro que das suas páginas se levanta desmentindo sem cessar a litania azul da nossa celebérrima e trágica «brandura de costumes». O que Bessa -Luís mostra, importa mais do que ela «pensa»[6](sublinhado nosso).

Do doutoramento:

Talvez que uma parte substancial da obra mais recente dos nossos escritores e poetas, a partir da segunda metade do século XIX, cujo final serve de baliza ao nosso trabalho, se possa interpretar, neste contexto, como um desafio permanente ao finito destino individual de cada ser, através do dandismo, (e da sua dimensão erótica), que Eça, com o seu heterónimo, Fradique Mendes, quis protagonizar, e que reencontramos nalguma pintura de Columbano, mas também do espiritualismo e do esforço de recriação literária e plástica tendente a abarcar toda a paisagem natural e humanizada, objectiva e interior, onde o poeta (ou o pintor) se transmuda nos elementos naturalizados que compõem a própria matéria poética, como fez Antero, ou Silva Porto quando não pintou para o gosto medíocre dos burgueses de Lisboa e Columbano, que no mais notável dos seus trabalhos, o retrato de Antero de Quental, expressou a própria existência dramática da Geração de 70.

Seguindo a asserção de Eduardo Lourenço, que evidenciava a náusea dos escritores do fim do século na transição para o século XX, face ao surgimento de uma sociedade de massas laicizada e destruidora do indivíduo e sabiamente a situa na geografia social, conotando-a com o “espírito da época” típico dos intelectuais das metrópoles capitalistas de Paris, Berlim e Londres, importa reconhecer na literatura da Geração de 70, as marcas distintivas daquele fim de século.

…/…

O pessimismo político de Eça, na fase final da sua vida, não se traduziu pela expressão de  nenhum desespero metafísico ou social. Mas o modo como avalia as consequências do processo de industrialização oitocentista explica a persistência do seu ideário político e o seu apego à natureza, que levou à escrita de A Cidade e as Serras.

"…enganados pela ciência, embrulhados nas subtilezas balofas da economia política, maravilhados como crianças pelas habilidades da mecânica, durante setenta anos construímos freneticamente vapores, caminhos de ferro, máquinas, fábricas, telégrafos, uma imensa ferramenta, imaginando que por ela realizávamos a felicidade definitiva dos homens e mal antevendo que nos nossos pés, e por motivo mesmo dessa civilização utilitária, se estava criando uma massa imensa de miséria humana, e que com cada pedaço de ferro que fundíamos e capitalizávamos, íamos criar mais um pobre! No fim destes setenta anos de martelar e de forjar, havia com efeito alguns sujeitos muito gordos e muito ricos_mas havia uma multidão de famintos, mais faminta e maior que o mundo vira desde o velho patriciado romano (Jaime Cortesão, Eça de Queirós e a Questão Social). [7]

A cultura tornava–se naturalista e as Ciências da Natureza e a Biologia destacavam-se, já naquele fim de século, como ciências globalizadoras do conhecimento e da reflexão filosófica, vocacionadas para a investigação interdisciplinar e para a promoção do progresso tecnocientífico, criando novas áreas de investigação e fundamentando profundas roturas na história das ideias.

A vaga revolucionária que então se elevara, inspirada nas revoluções burguesas e liberais que no século XVIII triunfaram na América e na França, generalizara-se na Europa, mas com recuos contra revolucionários, bloqueios e fracassos, que foram enfraquecendo e desanimando as convicções dos reformadores da Geração de 70, então transformados em “Vencidos da Vida”.

Neste contexto, emergiu um ambiente intelectual de fim-de-século que  Eduardo Lourenço caracteriza da seguinte forma:

“…a consciência aguda de que esses tempos eram tão originais que não podiam ainda ser vividos senão negativamente pela fuga ao que neles emergia, quer dizer, o primeiro esboço de uma sociedade de massas, cuja simples visão provocava uma espécie de náusea, ao mesmo tempo social, política e espiritual, para os que apercebiam essa emergência como o anúncio da morte do «indivíduo»”.[8]

Se o propósito dos intelectuais da Geração de 70 visava sobretudo melhorar a condição humana e o estado da nação portuguesa, não se limitaram a reposicionar mais modestamente o homem no contexto da natureza e da sociedade.

O antropocentrismo que emerge da sua crítica conservacionista já não é o mesmo que legitimou a primazia do mercado mundial e das suas leis onde o sentido da vida e dignidade humanas constitui uma externalidade irrelevante.

 Em conformidade com esta perspectiva, no plano social e do indivíduo, os seus projectos da reforma da sociedade e da construção de novas cidadanias fizeram convergir, no seu finalismo ético (e também dividiram nas suas singularidades) as doutrinas religiosas e as filosofias políticas que partilharam e, cada um a seu modo, prosseguiram de forma diversa e, às vezes, contraditória.[9]

Para atingir tais objectivos, uniram-se na afirmação da importância de vencer a herança de menosprezo pela filosofia e pela ciência que atribuíam à  sujeição do rei, da Corte, da Igreja e da Universidade face ao poder e ao pensamento da escolástica jesuítica, à acção repressiva da Inquisição e ao carácter retrógrado da burguesia, que perdera os seus elementos mais progressivos na  diáspora das comunidades judaicas, considerando que não existia outro caminho senão o de partir da experiência e das ideias que a história nos legou, com o seu lastro de tragédia e epopeia, de sucesso e fracasso, e adoptando uma perspetiva onde o estudo da histórico se alonga para a Idade Média e a Antiguidade Clássica, mas para configurar um novo presente e o futuro.[10]Foi esta a tarefa a que meteu ombros a Geração de 70, aceitando, assim mesmo, a divergência, a pluralidade e o confronto interno de ideias, uma constante a propósito de inúmeros temas e problemas, sobretudo na polémica entre Antero de Quental e Oliveira Martins.

Encontramos, nas obras dos nossos escritores da Geração de 70 citados ao longo deste trabalho, uma perspetiva que recusa os extremismos anti-humanistas e assenta a sua ética da terra no elogio e na defesa do agricultor como arquitecto e conservador da paisagem, empiricamente ecologista no seu modo de produção.[11]

A cultura camponesa, muitas vezes identificada pela Geração de 70 como o “Velho Portugal”, dramatizado na escrita desde a obra de Gil Vicente, conforme refere o Conde de Ficalho, com a qual conviveram os seus escritores, conservava nas relações com a terra, os animais, a paisagem humanizada, nos costumes e no imaginário mágico e religioso, uma ética antiquíssima que a luta pela sobrevivência e o conhecimento empírico da vida moldaram contraditoriamente.[12] 

…/…

Também os nossos escritores da Geração de 70 se posicionam claramente contra o atraso e a opressão sociais, pugnaram pelo desenvolvimento equilibrado e sustentado, a favor dos direitos democráticos de escolarização, cuidados de saúde e benefícios universais do progresso científico, e, neste sentido, não se identificando politicamente com o progressismo (fontismo, republicanismo) da época, se situaram, de facto, para além dele (com diversas, heterodoxas e inconsequentes propostas democráticas, socialistas, ou ecleticamente associando-lhe uma monarquia reformada), tal como os autores do Relatório o fariam, quase um século mais tarde, e, em diferente paralelo histórico, abordando, frontalmente os problemas da sujeição dos países e nações. É surpreendente, encontrar essa mesma postura política em escritores como Ramalho, que o senso comum associa a um certo conservadorismo.

"No teu grande e belo país, Jonh, quantos homens dedicados á humanidade! Newton, Shakespeare, Bacon, Adam Smith, Macauly, Buckle, Thackeray, Carlos Dickens, Lady Morgan, Carlyle, Stuart Mill. E todavia, apesar dos esforços dos teus sábios economistas, dos teus reformadores, dos teus imortais filósofos, dos teus incomparáveis romancistas, dos teus inexcedíveis poetas, quanta desgraça ainda, quanta perversão, quanta  injustiça, quanta miséria: no teu exército, onde há seis mil deserções por ano; na tua marinha, onde homens livres recebem ainda os castigos dos antigos escravos; nas tuas tijolarias e nas tuas minas, onde definham sob um trabalho horrível quarenta mil crianças; nos teus workhouses onde tantas vidas se destroem; nas tuas tabernas onde a vendas do gin e dos licores espirituosos subiu, em dez anos, de novo a catorze milhões de libras; no teu Strand, finalmente, em Blackwall-rasilway, nos medonhos bairros vergonhosos de Londres e Liverpool!" [13]

         Os anos oitenta do século XX conhecerão uma outra etapa no desenvolvimento do pensamento ambientalista, que se caracteriza pela coexistência de um arco-íris de concepções que emergem nas expressões culturais das elites mas também das camadas sociais ditas, “de massas”, com particular acento na juventude.

         Admiráveis anacronismos, escrita de filósofos mas também de cidadãos comuns, que parece desagregar-se nas suas múltiplas cambiantes apocalípticas ou redentoras, vivificadoras de velhas e novas utopias, do pequeno como ideal do equilíbrio ambiental, do equilíbrio como símbolo do belo, isto é, da pureza moral, dos mitos regeneradores da tecnociência ou do regresso à natureza e ao primitivo, por vezes radical e anti-humanista, paradoxalmente próxima da profecia e do limiar de um novo paradigma científico, que já não funda o progresso técnico e das ciências na base das disciplinas tradicionais mas no emergir do conhecimento científico integrador, mas capaz de empolgar renovadamente massas humanas de milhões, a generosidade proverbial da juventude e a sensibilidade das mulheres, depositárias de todos os mitos órficos.

Admiráveis anacronismos, formas de luta que pareciam ultrapassadas regressando às praças, terríveis visões e moderníssimos recursos tecnológicos, antiquíssimas procissões e rituais, tudo posto ao serviço da nova causa, enquanto, no terreno da epistemologia, a relatividade das leis científicas é sedimentada em torno de um eixo aberto de conhecimentos interdisciplinares que, mutuamente, se suportam, justificam, ampliam e aprofundam, a física dos seres e das coisas ligados pela relatividade geral e a visão quântica.

Admiráveis anacronismos, como se a espuma dos dias cristalizasse repentinamente, na peneira empunhada por mil mãos, hábeis, frágeis, maduras e rudes e ali depositasse o que, afinal, permanece de valioso nas nossas culturas comuns, depois de longos anos de milenário afastamento.

         O paradigma da especialização científica e tecnológica, que fundamentava o mito do crescimento irrestrito, sofreu sucessivos abalos e abriu brechas, por onde irromperam novas abordagens das relações entre a natureza (mais tarde o ambiente) e o progresso, e de onde emergiu o conceito da sustentabilidade, com um valor científico interdisciplinar mas também uma dimensão de ética social.

 Ao dizê-lo, não afirmamos que a razão ambientalista moderna representa o triunfo da consciência comunitária e da ética da vida sobre o indiferentismo e a barbárie dos tempos, dizemos apenas que é contra o vazio ético, a selvajaria e a indolência sociais que ela se manifesta, recusa a morte, o sem sentido e a noite da nossa civilização, e, ao fazê-lo, penetra todas as esferas do pensamento humano e da(s) cultura(s), obriga mesmo à reinterpretação dos textos mais conservadores, os livros sagrados de todas as religiões e o modo de entender as suas doutrinas, enfim, questiona os principais paradigmas político-ideológicos novecentistas que o marxismo e o pensamento  demo-liberal ofereceram ao nosso tempo.

É certo que os ambientalistas não possuem corpo doutrinário estruturado e coerente, capaz de apresentar hoje um programa de sociedade alternativo e cimentar uma ideologia comum. Tão pouco é possível prever se a nebulosa das suas teses e propostas evoluirá para um corpo coerente de doutrina política e social. Mas, seguramente, todas as doutrinas e ideologias reformulam hoje princípios e grandes objetivos face à emergência da crise ambiental e de uma nova consciência cívica, fundadas nas descobertas científicas interdisciplinares, na análise dos limites do progresso tecnológico e na atividade de novos movimentos sociais.

No dealbar do século XXI, a máquina económica perdeu o seu volante regulador: ele passou, sucessivamente, das mãos do grande industrial, para o banqueiro, deste para o Estado, neo-liberal ou socialista, depois para gigantescas multinacionais, e, atualmente, prevalecendo sobre as nações e os tratados internacionais, para a nebulosa das sociedades financeiras.

A globalização tornou-se visível para todos os cidadãos mas os seus factores de crise adquiriram uma enorme complexidade.

Eis um conjunto de questões, que englobamos no conceito de Ambiente, extremamente importantes e graves, que o progresso científico e a consciência ambientalista, no interface das disciplinas tradicionais e da reflexão ética ambiental, têm de enfrentar passo a passo.


1] Maria Lúcia Lepecki, Sobreimpressões, pág. 186. 

[2] Eduardo Lourenço, O Canto do Signo. Existência e Literatura, pps. 259 a 263. 

[3] Ibid.. 

[4] Ibid.. 

[5] Ibid., pág. 263. 

[6] Ibid., pág. 261. 

[7] Ibidem, págs. 39 e 40. 

[8] Eduardo Lourenço. Dois Fins de Século, Comunicação apresentada no XIII Encontro de Professores Universitários Brasileiros da Literatura Portuguesa -UFRJ-Rio de Janeiro- Julho-Agosto-1990. Inserido na obra O Canto do Signo, Existência e Literatura, págs. 320 e 321. 

[9] Sobre esta matéria, numa perspectiva de análise político-ideológica, consultar o ensaio de Óscar Lopes, Oliveira Martins e as Contradições da Geração de 70, 1944. 

[10] Vitorino Nemésio sistematiza a obra de Oliveira Martins entre o ciclo de civilização e da cultura e a época da história nacional e o ciclo imperial. Na primeira, obras sobre o Helenismo, a Cristianismo, República Romana, Civilização Ibérica. Na segunda, História de Portugal (1879), Portugal Contemporâneo (1881), Portugal nos Mares (1889), O Brasil e as Colónias Portuguesas (1890). In, Portugal, A Terra e o Homem, pág. 10. 

[11] Consultar de novo em Campo e Cidade: O camponês e o Urbano, a comunicação de Manuel Viegas Guerreiro à Academia das Ciências de Lisboa, em 1980, publicada na colectânea Povo, Povos e Culturas, Portugal-Angola-Moçambique. Através de um percurso literário que engloba Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, o fabulário clássico e os contos árabes, tal como a Literatura popular oral e escrita, socorrendo-se dos testemunhos de Hermann Lautensach e Orlando Ribeiro, o autor demonstra que existe uma cultura específica dos camponeses, mesmo sem instrução escolar, que não é inferior a outras culturas urbanas e também um elevado sentido de ética em muitas das comunidades rurais. Ler as págs. 56 e 57. 


[12] Consultar a obra do Conde de Ficalho, Dispersos, Cartas do Campo. 


[13] Ramalho Ortigão, A Mr. John Bull. As Farpas I, pág. 150. 

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