LITERATURA E AMBIENTE. V. Posfácio: Bioética, outros autores e conclusões



V. Posfácio

“... Não se trata de propor mais um salvício fim da história. Pelo contrário, trata-se apenas de permitir que a história prossiga, pelos séculos e milénios para além de nós. E que com ela continue a dramática e apaixonante odisseia do género humano…” 


1. A Bioética e a nova equação da identidade da vida

As novas tecnologias alteraram a prática humana de selecionar as melhores espécies ao longo de sucessivas gerações. Os processos de monocultura, de industrialização de todos os métodos produtivos e a manipulação genética, visando o lucro rápido e máximo, conduziram-nos a um modelo anti natural de exploração agrícola, silvícola, de pecuária, da pesca e cinegética, reduzindo tragicamente a biodiversidade. 
Na alimentação, foram já utilizadas sete mil espécies de plantas, mas hoje esse número confina-se a cerca de duas dezenas, enquanto a produção animal depende de três espécies de ruminantes (ovinos, bovinos e caprinos), às quais se junta a suinicultura e a avicultura.
O aparecimento de uma epidemia ou as variações climáticas podem conduzir a uma catástrofe mundial, agravada pela destruição irreversível do património biogenético. 
O desenvolvimento tecnológico atingiu recentemente as fronteiras da vida:
Os híbridos misturam geneticamente espécies diferentes; criam-se novos agentes biológicos resistentes; processam-se alterações genéticas para intensificar a produção; manipulam-se genomas para produzir elementos biológicos e a clonagem, que modifica o ser vivo e o reproduz com novas propriedades, atinge o próprio embrião humano. As necessidades da concorrência mercantil sobrelevam-se ao debate ético e o mercado inunda-se de novos produtos transgénicos, cujas utilização tem consequências desconhecidas para a saúde humana. 
Recordemos os versos proféticos de Cesário Verde.
 “ Mas tudo é falso, é maquinal,
   Sem vida, como um círculo ou um quadrado,
   Com essa perfeição do fabricado,
    Sem o ritmo do vivo e do real!”  
Em nome da produtividade elimina-se a concorrência, destrói-se a biodiversidade, pequenas comunidades e populações, as suas culturas e modos de vida diversos, sacrificados no altar neoliberal que domina a política do clube dos sete países mais ricos e industrializados.
Neste contexto, não é alternativa a constituição de reservas e bancos biogenéticos, cujo controlo favorece ainda mais o monopólio dos meios e fatores de produção.

2. A vida: entre a aurora e o crepúsculo

Perante a crescente angústia ética e os conflitos morais desencadeados por este “Admirável Mundo Novo,“ cientistas eminentes, da escola anglo-saxónica, como Carl Sagan e James Lovelock, preocupados com os direitos da Gaia, traçam-nos um quadro problemático, mas de fundo otimista, acerca da evolução da vida. Partindo do imaginário Darwinista, do pequeno mar tépido que teria servido de caldo de cultura para as primeiras moléculas orgânicas, especulam sobre a existência no universo de vida e sobre a possibilidade de a recriar graças ao progresso científico-tecnológico, em novos planetas, destino provável da nossa espécie depois de esgotada a Terra-Mater. Enquanto, em paralelo, professam uma fé absoluta no renascimento da vida, para além do holocausto da nossa própria espécie. Em oposição a esta perspectiva, os geneticistas da escola francesa, invocando Pasteur, afirmam que o caldo pré-biótico sonhado por Darwin seria indefinidamente estéril e orientam o nascimento da vida para a superfície das rochas, numa química das superfícies favorável à seleção de um pequeno número de espécies moleculares, à sua interconversão (metabolismo) e à sua reprodução, donde se terão gerado os quatro processos fundamentais à vida: metabolismo e compartimentação, nas pequenas moléculas, a memória e a função nas macromoléculas. 
Segundo estes cientistas, a emergência de vida e, depois, da inteligência, é resultado de um elevado número de acidentes (explicáveis por leis cientificas), que favoreceram a evolução num sentido particular e cujo caminho é impossível voltar a percorrer. A morte da espécie humana e das espécies associadas à nossa evolução, um mundo imaginário de vegetais, micróbios e insetos, improvavelmente daria de novo origem à espécie humana ou mesmo aos mamíferos.
Por isso, reconhecem a fragilidade e o papel decisivo da diversidade biogenética no surgimento do homem e colocam, como paradigma de uma nova ética, o exemplo das sociedades primitivas, que a civilização ocidental despreza e destrói, onde o mais grave atentado moral é o de maltratar a natureza.
Evocando a sua sabedoria e os trabalhos de Lévi Strauss, proclama: “O Inferno somos nós próprios!“
Ou como dizem os versos de António Gedeão, celebrando o carácter único e diverso de todas as formas de vida: 
“ Pastoral
 Não há, não
duas folhas iguais em toda a criação...”  

3. Dos Ausentes e dos Novos

É necessário comentar, em nota final, algumas ausências de escritores consagrados. Tal fica a dever-se a não termos encontrado na sua obra uma referência significativa ao tema que nos ocupa, mesmo quando utilizam os elementos da natureza como matéria poética e sendo que, em regra, se manifestaram a favor dos valores da liberdade, contra a guerra e pela universalidade da natureza e da cultura humanas.
Noutras situações, como perante a existência, num determinado período histórico, de movimentos literários organizados (com a sua diversidade interna), como no caso da Nova Renascença, da Presença (e Orpheu), do neorrealismo ou do surrealismo, pusemos em evidência as suas personalidades poéticas marcantes, recusando o enunciado enciclopédico.
No contexto da luta pelas liberdades cívicas (políticas), registe-se também o contributo dos dramaturgos, alguns já referenciados pela obra poética ou romanesca, assinalando os nomes de Carlos Selvagem, Bernardo Santareno, Romeu Correia, António Pedro, Luís de Sttau Monteiro, entre outros. E a obra multifacetada de intelectuais como Mário Sacramento, Mário Dionísio, Jacinto Prado Coelho, Urbano Tavares Rodrigues… 
À margem da nossa análise ficaram os escritos de personalidades que se destacaram sobretudo noutros domínios, a generalidade dos escritores africanos de expressão portuguesa cuja obra literária se reporta sobretudo aos seus países, entretanto independentes e os chamados poetas populares, a quem , como António Aleixo, as horas amargas também deram “lições de filosofia.” 
Como propusemos na introdução, ficaram de fora do âmbito do trabalho os autores cuja obra principal se desenvolve ainda no séc. XIX ou posteriormente à década de 60. No final deste período os ambientalistas emergiram finalmente com a sua voz própria. A Revolução Democrática de 1974/75 consumou-se e as profundas transformações representadas pela adesão à Comunidade Europeia prosseguem a sua marcha imprevisível, deslocando muitos dos problemas ambientais para o quadro europeu e internacional e alterando o contexto político e cultural em que se desenrolava o trabalho da escrita. Mas as inquietações desses autores, na relação com a temática que nos interessa, ficaram aqui atravessadas, no limiar das duas épocas.
E neste ponto temos de conter a nossa reflexão e regressar aos limites temporais que impusemos à nossa própria investigação, sugerindo ao leitor crítico (depois de invocarmos pela última vez “o boi da paciência“ de Ramos Rosa), o entreabrir de algumas linhas contemporâneas de pesquisa.
     Que significado teria, para o desenvolvimento do nosso tema, a poesia de António Ramos Rosa, de redescoberta das coisas que a mecânica posicionava como inerte e as Ciências da Terra e da Vida revelaram como sistemas em mudança e dialeticamente interdependentes?   “O que tentam dizer as árvores/no seu silêncio lento e nos seus vagos rumores…” 
Os versos de Gastão Cruz, que enfrentam a hostilidade de um mundo caótico e devastado.” O nível do cobalto a construir a morte nas vertentes…” 
A poética de Maria Teresa Horta de reconstrução da unidade natural entre o corpo e o espírito humanos, o amor e o gozo, e, nessa medida, de subversão das seculares repressões religiosas e dos modernos negócios do prazer, de reencontro do homem com a sua própria natureza. “Vício de um corpo/o teu/com o seu veneno…” 
A visão poética de Fiamma Hasse Pais Brandão de um mundo desfigurado e fragmentado onde habita o homem, um universo de cansaços, de sombras confusas e inquietantes, onde domina o vazio e a marcha inexorável para o nada. ”Noite, gritei breve, entre ruas acústicas, locais de fadiga,/ as roldanas de uma praça noturna…”  
Que resposta encontraremos à pergunta de Mário Cláudio?
“A que sigillata terra pertence este litoral onde, com o
         vento do exagero andam
         destrambelhados os maça-
         ricos?” 
A de Carlos de Oliveira, da nossa “Finisterra“? Como estória da família que construiu e perdeu a sua casa na duna, arquétipo dessa outra casa nacional que é a nossa História como pátria, memórias da terra e do esforço de povoamento junto ao mar (o jogo imemorial das marés, florestas de pedra e púrpura, raios de carbureto, peregrinações, fogo de sol a sol relampejando nas enxadas, inferno… porque eles criaram-na _ à terra, depois de Deus, e a lei, até hoje, não o menciona), das inverneiras e maceiras, dos sonhos transportados por gerações de camponeses e pequeno burgueses, colonos e emigrantes, à nesga de terra arável, à casa própria… paisagem humanizada (jardim) que hoje agoniza de abandono, dissolvida por  “gisandras” (ou grisandas?) que também fenecem. Casa hipotecada e entregue à ferocidade executora de burocratas sem rosto, metáfora atual das instituições políticas e económicas que controlam e decidem o futuro da Vida, dos países e da própria Humanidade.   
A prosa mais recente de Miguel Torga, cidadão do mundo preocupado com a identidade (e integridade) das nações e culturas diversas, crítico da Europa de Maastrich. “Portugal não precisa de ser, de rosto desfigurado, mimeticamente rico por conta do capitalismo internacional. Necessita, sim, de, com a fisionomia própria de sempre, ser remediado ao serviço da humanidade.”  Ambientalista militante e cético. “Coimbra, 4 de Junho de 1992 - Conferência internacional no Rio de Janeiro para defesa do ambiente físico. Do metafísico já ninguém cuida. E, do outro, mais valia que os delegados, em vez de discursos sujos, lavassem a hipocrisia nas águas ainda lustrais de Guanabara.”  
A perspectiva de Armando Carvalho, da qual destacamos o Portuguex, cuja trama narrativa fragmentada confirma o presságio funesto da Torre de Barbela e adivinha as monstruosas alienações deste fim de século de frenético consumo e espetáculo, que quebrou a últimas fronteiras do mercado: a vida íntima, os sentimentos mais pessoais e resguardados do ser humano; sexo, casamento, maternidade, natal, infância, doença ou morte, tudo é espetáculo pagável, servido em tabloide, fita celulósica, écran panorâmico e som estereofónico, bytes e megabytes. Como na imagem da “mulher janeleira...que ainda sonha um dia alcançar a Lua, mas cuja vida se resume… a engravatar os filhos para irem à escola e agora penteada e lacada posta-se uma vez mais para uma sessão de janela a ver a vida…Na rádio, uma voz feminina, aconselhou-lhe um trem de cozinha, um depilador de perfume erótico, daqueles que não mancham sobre D. Alfredina e, se o marido for aumentado, este ano vamos para o Algarve. Ele, o do jornal e palito o que ressona e sonha com mulheres elásticas…”   “…Neste país, pequenino em tudo, a demissão agora é o cultivo de pequenos jardins, que nem chegam a ser absurdos como os de Lowry, e onde se penteia, noturna, Psiché, com um pé em cima de eros e a mãozinha direita a acenar às nuvens…”  
O persistente e também pioneiro combate ideológico e literário de Fernando Namora em defesa do ambiente, que prossegue no livro Nave de Pedra:“…por assistir a este crescimento sôfrego de uma cidade airosa, como Lisboa, a odiar o arvoredo.” 
 Ou a prosa contemporânea de Saramago, deslizando na sua jangada de pedra, sob o olhar da Europa,  “Mãe amorosa, aflita...com a sorte das suas terras extremas, a ocidente!”  
Vimos ao longo deste trabalho, iniciado no ambiente de “fin de siécle,” como a crítica novecentista ao cristianismo e ao mito do Progresso, associada ao triunfo universal do modo de produção capitalista, se transmudaram num ideal negativo de existência, numa visão do esmagamento do indivíduo cujo eco angustiado chegou até à atualidade, em paralelo com as formidáveis e contraditórias transformações sociais geradas pelo advento e queda do socialismo soviético e das democracias populares, a mundialização da economia e da vida social, e a revolução tecnocientífica, depois informática e, agora, genética, que penetrou nas origens da vida, fundou a cosmopolita aldeia global e abriu o caminho das estrelas.
De facto e em paralelo com a vaga crepuscular que irrompeu na cultura do nosso século, a expansão dos ideais e da conceção do mundo do materialismo histórico e dialético, em oposição aos ciclos de crise e guerra mundiais, provocaria o renascimento, sob a perspectiva da criação do  “homem novo“, das correntes realistas e faria emergir a face “apolínea“ da Modernidade influenciando autores e criadores de todos os movimentos artísticos. Neste horizonte político e estético, despontou em Portugal o neorrealismo, na década de 40, e dele se alimentou o “outro“ realismo, heterodoxo ou sem conotação ideológica, até à viragem cultural dos anos 60 e 70. Enfim, entre o combate ideológico que durante decénios colocou frente a frente e quase exclusivamente, os partidários do cristianismo e do marxismo, abriu caminho uma outra cultura literária, de que Eduardo Lourenço foi percursor e protagonista em evidência, caracterizada pelo pluralismo e pela renovação eclética, englobando autores novos e consagrados. 

4. Conclusões interrogadas e interrogáveis

Eduardo Lourenço procura captar o tempo que hoje vivemos, num confronto entre as duas mudanças de século, que situa…
“…no instante em que as duas estruturas simbólico-ideológicas institucionais do Ocidente se desagregam _ a do Cristianismo e a do Marxismo...E de onde emerge … o  reflexo do etnos nacional, da diferença tribal, da natural revanche, das margens, ou como tais consideradas, pelo olhar ocidental, contra os históricos e hegemónicos centros”  
Glosando o seu pensamento, diremos, Humanidade dividida entre o lema de Wall Street “A prosperidade para lá do Caos”, sim, mas também a angústia perante a destruição dos mais belos sonhos de fraternidade e solidariedade humanas, que adquire uma consciência crescente do devir apocalíptico que o tempo presente transporta, com a morte lenta da natureza e a ameaça de extinção da própria espécie, a par de renovadas tragédias sociais. Como diz o filósofo,“…um tempo sem sujeito,” ou o “tempo sujo” do nosso O`Neill, que deixa na indiferença uma Humanidade que não se identifica com o Destino antigo, a Providência religiosa ou o sentido da História. 
Sem dúvida, reconhecemos nos poetas e escritores do nosso fim de século XX, sob o signo da pós-Modernidade ou sem signo nenhum, a continuidade temática das angústias existenciais dos seus homólogos oitocentistas, a par de uma nova constelação futurista, numa aparente circularidade cultural, com oposições e contradições, desde o esteticismo como último refúgio face à morte omnipresente, ao renascimento e metamorfose de todas as ideologias e humanismos, que a questão ambiental percorre transversalmente. Eis o homem sapiens sapiens, transformando-se de macaco em ser humano através do trabalho e sobretudo da capacidade de representação simbólica do artista primitivo. Depois criatura divina e, na nossa época, homem faber por excelência, senhor da natureza dessacralizada e testemunha lúcida da sua própria queda para o nada. E, finalmente, consumidor universal, privado da sua última e mais pueril liberdade, a da escolha dos produtos de consumo, tiranizado pela garra invisível do mercado e da mercadoria cuja produção por si só gera a necessidade de a consumir e impõe o gosto, a moda, o valor venal e amoral. Um mundo labiríntico e paradoxal, que esconde já não o impiedoso Minotauro mas um vulgar bicho, pobre diabo arrastado por um volante obscuro que comanda impérios, mísseis capazes de destruir várias vezes o planeta e outros tantos oligopólios tanto ou mais mortíferos, paraíso terreal da abundância interdito à imensa maioria, homens como deuses no cume dos céus e nas profundezas dos mares, nascidos não do barro mas do fósforo e do nitrato onde a imagem sobrevive à precariedade do corpo, comunidade de todas as raças e etnias, filhas e mães do mesmo frágil e deslumbrado ser, que sonhou dispor de um areópago mundial onde todos os cidadãos se poderiam sentar, já sem fome nem nenhuma penúria, escutando o primeiro sinal de outras vidas cósmicas ou apenas interrogando o silêncio que nos separa ainda do derradeiro mistério.
Neste fim do século que fundou a era da informática e da genética, as obras e os autores mais recentes representam este quadro cultural e justificam a asserção de Eduardo Lourenço, que concentra na apreciação do romance o núcleo chave para interpretar o percurso da literatura moderna - do romance humanizado por Cervantes, D. Quijote em Alonso Quijano, a Flaubert e Madame Bouvary, com quem “…o romance muda de género e converte-se em longa e extraordinária agonia da temporalidade épica _ abstrata como a de Cervantes ou concreta como a de Balzac e Dickens_ aquela que durante dois séculos suportou o romance como a História subjetiva da aventura humana.”  
Contexto literário que Óscar Lopes avalia polemicamente numa outra dimensão.   
“... Mas a generalidade dos nossos atuais romancistas tem uma visão que não sai da classe média; sabemos que o interior do país está despovoado, que as pessoas vão, em condições terríveis, para Lisboa ou para o estrangeiro, mas sobre isso não se escreve. O romance português anda muito apressurado a ver o que andam a fazer os espanhóis e alemães, ou os americanos, e não se preocupa com os problemas concretos que os portugueses estão a viver. O povo quase desapareceu dos romances...”  
Dito de outro modo, como nossas conclusões:
A questão ambiental, enquanto crise multilateral, económica, política, social e ética, desempenha agora um papel vital na transformação da cultura e da identidade nacionais, num percurso que emerge dos Labirintos da Saudade para a redescoberta dos novos Minotauros, assumindo uma dimensão filosófica, social e política de oposição ao atual status social, ao seu modo de produção e troca de mercadorias, à sua amoralidade empreendedora e enunciando princípios e linhas de força de um novo projeto de democracia participada e de desenvolvimento sustentável, servidos por uma nova ética ambiental que nasce da crítica ao antropocentrismo e ao etnocentrismo, na nossa perspetiva, mas também ao fundamentalismo anti-humanista.  
 Julgamos reconhecer na literatura contemporânea, como marcas distintivas deste nosso fim de século e da sua crise ambiental, as imagens da vertigem alucinante do consumismo e os símbolos do labirinto, típicas das megacidades e da interdependência internacional e transmudadas em arquétipos estéticos omnipresentes. 
Encontrámos as marcas deste espírito de fim do século XX/XXI nalgumas características da expressão semântica, mas também inscritas na estrutura sintática e compositiva do texto literário, que anteriormente referimos: a junção plural dos géneros na mesma obra artística, o predomínio da descrição sobre a interpretação da realidade, a consciência acronológica, o aparente ou intencional sem sentido, a duplicação, a multiplicação, a sobreposição e o palimpsesto, a integração das artes e o papel saliente dos multimédia, o desaparecimento dos cânones e limites das diversas e, até então individualizadas, formas de expressão artística. Tal significa, no mundo de hoje, que a questão (crise) ambiental atinge todas as áreas da biosfera, da cultura e da civilização. 
Ela emerge, no plano literário, como reconhecimento premonitório dos seus problemas e interrogações, ou como registo paradoxal, porque se exprime através de paradigmas literários que afirmam a dúvida epistemológica face à possibilidade de representação dessa nova realidade que parece emergir como caos e universo em cifra, para além do nosso saber especializado e fragmentado e da própria intuição, submersos por um mar de informação e de signos. De facto, quando os referentes dessa realidade, aparentemente, estão ausentes da estética contemporânea e a criação artística já não assume os seus conteúdos (da realidade do ser e do objeto), nem procura um significado e uma finalidade apriorística, quando desconstrói o objeto artístico e confunde, deliberadamente, o papel do artista e do público ou abre a mensagem até ao sem sentido ou a indeterminação gnosiológica, é ainda essa ausência do real figurado ou abstrato, expressa no sentimento de angústia, de esmagamento, de vazio ou de plena exaltação da vida (e, obsessivamente, do erotismo ou, mais recentemente, do consumismo), a marca temporal, o símbolo, do ambiente em crise, que é crise geral da nossa civilização e da própria natureza humana.
 Registo paradoxal também quando se traduz em ceticismo metalinguístico perante a capacidade de exprimir adequadamente essa realidade, mas aí, nessa estética do absurdo, nessa aparente falta de conteúdo, nesse discurso fechado, nesse prenúncio da morte da arte, reconhecemos de novo, no plano da evolução formal, o mesmo ambiente de crise. 
É verdade que nos encontramos no limiar do apocalipse das formas estéticas, mais de duas vezes milenárias, que marcaram a ascensão artística da nossa civilização. Com o advento da arte abstrata, dos novos romances e poéticas, anuncia-se o esgotamento ou aparição de um “outro” universo artístico, que não sabemos se é exaustão ou metamorfose criativa do espírito humano. A obra de arte como valor ontológico puro, erguendo a sua chama bruxuleante contra a noite da nossa civilização, ou, simplesmente, espelho do seu imaginário de caos e solidão, alegoria breve angustiada ou serena vertigem, da queda da condição humana para o nada.
Vimos como a globalização, na sua dualidade trágica e épica (porque acentua a crise ambiental ao mesmo tempo que atinge o cume da revolução tecnocientífica, informática e genética), conduziu os escritores contemporâneos ao reencontro, quer disso tenham consciência ou não, com os temas clássicos do fluir da vida e da morte, à reflexão sobre os seus múltiplos significados e à renovada tentativa de instaurar uma qualquer esperança ou alegria breve. E, neste ponto, se diferenciam outra vez os destinos estéticos: cada círculo poético que é hoje a obra individual do seu autor original, abriu-se mais ou menos, aos novos e velhos problemas sociais, através das alegorias e das metáforas tradicionais ou dos novíssimos valores simbólicos da imagem e das suas conquistas formais e estruturais.  Ou, então, a opacidade da imagem e o sem sentido do discurso estético cerrou-se fortemente, tornou-se hermético e iniciático, quando não proclamou a precariedade e o fim da arte e da própria possibilidade de comunicar.
No caso português e partindo da feliz imagem de Eduardo Lourenço sobre a Nova Literatura, qualificando-a como “admirável anacronismo”, podemos reconhecer na globalidade dos autores e obras contemporâneas o pulsar da questão ambiental, dela retirando matéria e substância poética, de forma intencional ou não, em dois grandes planos filosóficos: o da estética (e valor ético) da paisagem humanizada e o da metafísica do ser, na relatividade da sua condição face á diversidade da vida  e à cosmologia das suas relações com o universalmente grande e pequeno. 
Ou, segundo a categorização que propusemos, através da “ecologia da paisagem” e da “metafísica do ambiente,” que atravessam as obras literárias. A primeira, enquanto visão científica interdisciplinar da paisagem humanizada e mediatizada pela obra literária. A segunda, que engloba a cultura e a espiritualidade humanas plasmadas no ambiente, metamorfoseadas na experiência estética e em novas éticas sociais. Aproximamo-nos aqui da estética de Goethe, para quem a metamorfose é movimento e manifestação proteica da forma. Na natureza a forma medeia a nossa visão e intuição do que é invisível, da relação dinâmica entre o ser uno, a sua origem e o seu devir e o todo cosmológico e quântico. 
A contribuição dos poetas e prosadores portugueses para a moderna consciência ambientalista é, pois, premonitória e de um valor universal.
Em diversos momentos deste trabalho fomos alargando o quadro cronológico da nossa investigação, guiados pela perspectiva de que novos policódigos e estéticas literárias deveriam ser lidos e interpretados, não como ausência das questões ambientais clássicas mas enquanto transmutação dessa nova realidade que é a crise ambiental, de tal modo que hoje pensamos não se poder avaliar o sentido da evolução cultural do nosso fim de século XX e da literatura em particular, sem recorrer ao fio condutor que emerge dos Labirintos da Saudade para a redescoberta dos novos Minotauros. Mas deixámos em aberto a questão que decide na atualidade o destino da Humanidade: Quais são as tarefas atuais de Teseu, matar de novo ou superar o Minotauro? A Humanidade ainda pode confiar nas suas vanguardas heroicas ou deve ocupar o lugar histórico que a elas pertenceu? E como quebrar o ciclo de esplendor e queda dos impérios e da nossa própria condição humana? 
Não sei se alguma vez poderá dar-se como terminado o programa de ensaios  que procurem responder aos quesitos anteriores. Ou talvez a resposta tenha já sido dada e, de esquecida, ressoe apenas nos versos dos poetas:
“No frio e no nevoeiro de Londres, há, porém,
um lugar tão espesso, tão espesso,
que é impossível atravessá-lo, mesmo sendo
o vento que derrete a neve. Um lugar
ardente, porque todos os escravos, desde sempre
         ( todos
aqueles cuja poeira se perdeu _ ó Spártacus _
lá se concentram invisíveis mas compactos,
um bastião de amor que nunca foi traído,
porque não há como desistir de compreender o
mundo. Os escravos sabem que só podem
transformá-lo.
         Que mais precisamos de saber ?” 
“A vara de negrilho está verde…”  Talvez floresça num próximo trabalho. Que neste tormentoso fim de século se inspire na mensagem anónima do alarife árabe, lavrada na pedra da Sé Velha de Coimbra, em nome dos seus companheiros de cativeiro, num tempo de angústia e de derrota, que ameaçava a sobrevivência da magnífica civilização árabe do primeiro milénio:    


«Deixo escrito como recordação perene de quanto sofro. A minha mão perecerá um dia, mas a grandeza permanecerá». 



[1]  Viriato Soromenho Marques,  Regressar à Terra, Consciência Ecológica e Política do Ambiente, pág. 92, 1994.
[1] Cuja expressão mais brutal é o da engorda dos animais para o mercado, em jaulas prisão. Confinados a um espaço pouco maior que o volume do seu corpo, espécies, como o porco, vegetam encurralados entre a parede e o comedouro. E os frangos de aviário, que nunca chegam a ver a luz do sol, são alimentados à custa dos cadáveres dos próprios irmãos menos resistentes, transformados em farinhas e ração carregadas de hormonas.
[1] A chamada “doença das vacas loucas“ ou a “gripe “ das aves oriundas de Hong Kong, aí estão, para tornar realidade esta ameaça. E a expansão  dos vírus epidémicos da SIDA ou do ÉBOLA, parecem ter origem na destruição dos habitats dos seus predadores, nas florestas tropicais, onde, algumas espécies de chimpanzés, agora ameaçados de extinção, encontraram um processo de resistência natural aos seus efeitos nefastos.
Exemplo paradigmático continua a ser o das florestas tropicais. No princípio do século XX elas cobriam 16% do planeta. Hoje, essa superfície reduziu-se para 6 %. Estudos recentes calculam que, além das 2,5 milhões de espécies classificadas, poderão existir até 30 milhões ainda não recenseadas. A destruição sistemática daquela floresta pode significar, em média, a extinção anual de 60.000 a 90.000 espécies desconhecida, cujo valor científico, alimentar, medicinal etc., ignoramos completamente.
[1] Invocando como referência a obra de Rachel Carson, Primavera Silenciosa, surgiu nos EUA em 1996 o trabalho coletivo O Nosso Futuro Roubado, da autoria de Theo Colborn, Dianne Dumanoski e Jonh Petersom Myers, com prefácio de Al Gore, dedicado ao estudo das causas ambientais da disrupção endócrina, provocada pelos PCB- compostos químicos industriais persistentes, concluindo que estes, tal como o DDT e outros produtos químicos afins, são responsáveis diretos pela destruição das hormonas e causa da proliferação de cancros, mortalidade infantil, esterilidade e um sem número de doenças genéticas, não apenas nas comunidades animais mas do próprio ser humano, num processo “invisível” que se dissemina por todo o planeta. 
[1] Do Livro de Cesário Verde, o poema Nós, amplamente citado a pps. 127 e 128.
[1]  Ler Antoine Danchin e a sua obra  Uma Aurora de Pedras .
[1] A recente descoberta de um gene próprio e diferente em cada ser humano, que lhe confere uma identidade única, fortalece toda a reflexão ética que visa preservar a biodiversidade e dignificar a vida de todos os membros da nossa espécie.
[1] António Gedeão, do livro Teatro do Mundo, o poema Pastoral, pps.123 e 124, 1958.
[1] Mas não a literatura portuguesa de experiência africana, na feliz asserção de Eduardo Lourenço.
[1] Óscar Lopes, Os Sinais e os Sentidos, pág. 86.
[1] António Ramos Rosa,  do livro  A Mão de Água e a Mão de Fogo, Antologia Poética, a poesia Árvores, que pertence à obra No Calcanhar do Vento, datada de 1987, pág. 247.
[1] Gastão Cruz, do poema A Morte Percutiva, inserido em  Poesia 61, reeditado na Antologia  Transe, pág. 7.
[1] Citado da obra de António Ramos Rosa, Incisões Oblíquas, Estudos Sobre Poesia Portuguesa Contemporânea, pág. 125.
[1] Ibid., pág. 143.
[1] Mário Cláudio, Terra Sigillata, pág. 11, 1982.
[1] Miguel Torga,  Diário, 19/3/92, pág. 1638.
[1] Ibid., pág. 1643.
[1] Armando Silva Carvalho,  Portuguex,  pág. 101, 1979.
[1] Ibid. pps. 87 e 68.
[1] Anexo 202. Trata-se de um livro de crónicas, datadas de 1975, para o qual o autor escolheu o título evocativo da  Nave de Pedra, metáfora da montanha onde se alcandora a aldeia de Monsanto, na Beira Baixa, pág. 265. Veja-se a referência anterior ao romance A Noite e a Madrugada, a páginas 86 a 88. E, sobre o mesmo tema, a crónica de Carlos de Oliveira sobre o arboricídeo, denominada Gaz, datada de 1967 e publicada na obra O Aprendiz de Feiticeiro..
[1] José Saramago, A Jangada de Pedra, pág. 33.
[1] Eduardo Lourenço, O Canto do Signo, Existência e Literatura, (1957-1993), pág. 324.
[1] Ibid., pág. 326.
[1] Entrevista de Óscar Lopes ao Público, em 24/2/96.
[1] Usamos aqui o conceito metalinguístico na asserção de Jakobson, quando se refere à “função metalinguística” orientada para o código. Essais de linguistique général, de R. Jakobson, pps. 213-220, 1963.
[1]  Temos presente, de novo, a obra citada de Jakobson, que enfatiza o primado da “função poética” do texto literário, isto é, da orientação da língua para a mensagem em si, através da qual o autor conduz a comunicação.
[1]  Recordemos Goethe: “A afinidade secreta entre as diferentes partes exteriores da planta...chamou-se Metamorfose das Plantas...processo pela qual um e mesmo órgão se nos manifesta diversamente alterado. ”Da obra A Metamorfose das Plantas, pág. 35. Também Aquilino Ribeiro, na sua incomensurável modernidade, escreveu: “O homem é o animal proteu por excelência”. O Arcanjo Negro, pág. 117.
[1] Jorge de Sena,  Trinta Anos de Poesia, do livro Peregrina Ad Loca Infecta, o poema Uma Sepultura em Londres, pág. 214, 1969.
[1] A frase de Saramago completa é:A vara de negrilho está verde. Talvez floresça no próximo ano- Jangada de Pedra, pág. 330 (fim !).
[1] Alarife é sinónimo de pedreiro, mestre de obras.
[1] Adalberto Alves, O Meu Coração é Árabe, pág.13.

Bibliografia 

AFONSO, José - Cantar de Novo, Coimbra: Edição do Autor, 1970
ALEGRE, Manuel - O Canto e as Armas. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989
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Ficha Técnica

©ANTÓNIO DOS SANTOS QUEIRÓS
Centro de Filosofia. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade 1600-214, Lisboa  Portugal
adsqueiros@gmail.com

T. 910506370

Edição

Departamento Editorial da Liga de Amigos de Conimbriga_ LAC/Cefop.Conimbriga.
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Morada

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E: mail de contacto: laconimbriga@gmail.com

Autor

António dos Santos Queirós

E: mail de contacto: adsqueiros@gmail.com


2001/2017
Autor
© António dos Santos Queirós
ISBN 978-972-8659-41-7





Edição


 ….exemplares


Impressão



Nota final 

O título e o conteúdo correspondem no fundamental ao texto da dissertação do Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente, do qual foram retiradas as referências académicas formais e alguns dados de conjuntura, realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e datado do ano de 1999. Devo aos professores que iniciaram o Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente- Pedro Calafate, Cristina Beckert, João Carlos Nunes Correia, ao seu coordenador, Professor Doutor Viriato Soromenho Marques, e à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, as condições científicas e o incentivo moral para percorrer de novo os caminhos de uma já longa peregrinação pelas obras dos poetas e prosadores nacionais, apoiado agora no bordão do Episteme filosófico.

O Professor Doutor Viriato Soromenho Marques foi o seu orientador científico, tendo como coorientadores, formais e informais: O Professor Doutor Jorge de Alarcão, com os seus avisados e úteis comentários, que foram mais além do domínio histórico, até ao campo da escrita. O Professor Doutor Ribeiro Ferreira, pelo acesso à informação erudita e rara sobre a cultura clássica. A Professora Doutora Maria Lúcia Lepecki, com o livro que escreveu e tive a felicidade de ler (Sobreimpressões). O Professor Doutor Galopim de Carvalho com quem aprendi a importância das Ciências da Terra, na valorização dos recursos naturais e na reflexão filosófica sobre a História Natural e do Homem. O Professor João Evangelista com quem atravessei as paisagens humanizadas de Portugal, tendo como guias os escritos dos nossos poetas e prosadores. O Professor Doutor Jorge Paiva meu companheiro na formação e educação ambiental e mestre nas Ciências do Ambiente. A Doutora Adília Alarcão pela partilha das suas reflexões sobre o devir da nossa civilização e a função social da cultura.


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